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    MARIDOS INSEGUROS, HOMENS VIOLENTOS

    O mundo mudou. E mudou em tantos sentidos que ficamos perdidos na maioria das vezes. Alguns falam de valores do passado como sendo melhores, mas em se tratando de relacionamentos creio que não é bem assim. Tampouco podemos considerar que todas as mudanças são boas e que o que se perde é ruim. Tenho como certo que sempre lidaremos com as limitações da legalidade e dos costumes, que mudam de local para local, de idade para idade, de ápoca para época. Nesse contexto estão as mulheres que não dependem de homem, que são firmes, que não toleram o mínimo de maus-tratos e impõe uma condição de igualdade em seus relacionamentos afetivos. Um dos resultados, infelizmente, é estarem sós tal a postura dominadora que alguns insistem em manter.

    Ao longo de minha vida vi claramente o quanto as mulheres precisavam de liberdade. Se há exageros faz parte da adaptação a novos conceitos que são assimilados com os filtros da atitude pessoal. Nesse contexto o fato é que os homens, alguns pelo menos, não percebem que o pior dos caminhos é o controle. Agem como se as mulheres fossem suas propriedades. Insegurança pura!

    É impressionante como um homem pode supor que, mantendo sua mulher sob controle, cerceando sua liberdade, está agindo corretamente. Seria de supor que ela manterá seu desejo por ele? Pelo testemunho que tenho recebido das mulheres, de profissionais ligados a este assunto e leitura de blogs relacionados, é certo que esses tais serão traídos. Suas mulheres, suas posses, terão relacionamentos paralelos porque se sentem sufocadas. Há casos que nem chegam a ser fruto de uma atitude de dominação, mas do simples fato de suas mulheres não terem seus desejos sexuais atendidos, como demonstrado claramente neste blog na postagem Um Texto Honesto de Uma Mulher Sobre Traição.

    Afinal, o que esses tais têm na cabeça? Com certeza não ponderam sobre seus atos, não analisam seu próprio comportamento e, principalmente, não ouvem suas companheiras. Não são capazes de, sequer, conversar sobre esses assunto. Nas mais das vezes fazem alguma referência aos seus amigos que certamente pensam da mesma forma. E qual a saída?

    Se o homem não buscar ajuda não sairá dessa postura ruim a si mesmo e à sua família. Ele tem que correr o risco de perder para a concorrência. Sua vida não está presa àquela pessoa, poderá conquistar outra. Evidente que tem medo de não ser capaz de conquistar outra, mas é um preço que tem que pagar. Alguns ressentem-se de não homens suficientemente viris e assim por diante.

    Estas mesmas situações valem para as mulheres. Porém, há o ingrediente da agressão física e da coerção pela ameaça da violência. Recentemente uma senhora me disse que perdeu o interesse no seu marido, mas ele disse que tem uma arma! Certa vez, desabafando com um tio sobre meus problemas conjugais ele me disse para dar uma surra na minha esposa. Interessante é que ele era e ainda é religioso ao extremo. Nem a fé em Deus é capaz de alterar esse ímpeto de "macho". As agressões e mortes de mulheres são inimagináveis. Somente o abandono do lar, às pressas, para lugar ignorado, é a solução para muitas delas. E creio firmemente que cabe às próprias mulheres unirem-se para dar apoio para estes casos. Não vejo como o poder público atender à demanda.

    Seria essa união possível? Depende delas.

    A Lei Maria da Penha não resolve porque é punitiva. Tampouco mete medo nos homens violentos porque, justamente, usam da coerção, da ameaça e veem suas mulheres acoadas. As denúncias aumentaram, mas os números da violência não diminuíram.

    Em matéria no dia oito de março o portal ClicAtribuna diz sobre Criciúma: "A cada dia, a Delegacia de Proteção à Mulher, Criança Adolescente e Idoso recebe de 20 a 30 denúncias de violência contra mulheres. Esse número ainda é referente à minoria das vítimas que procuram a polícia. Algumas delas só vão prestar queixa depois de décadas de sofrimento. (...) Em 2011, foram instaurados cerca de 400 inquéritos referentes a violência contra mulher."

    E por que os homens não mudariam? Pessoalmente, não conto com isso. É possível. Contudo, é coisa de várias gerações e, confesso, desconheço trabalho nesse sentido com os garotos que possa reverter esse caso endêmico.

    Como disse: depende delas!

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